sábado, 27 de fevereiro de 2010

Ah... o Amor!*





Humanização otimista


Ah... o Amor!, a cretina tradução para Ex (2009 – Itália/ França, 2009), de Fausto Brizzi (roteirista tarimbado, terceiro longa), é o tipo de título constrangedor que, passados os primeiros dois minutos do filme, tende a te levar a todo tipo de previsão apocalíptica para as próximas duas horas. Todavia, apesar dessa aura negativa fazer questão de ter sua voz amplifica logo de cara, o resto da projeção se mostra como uma deliciosa comédia de costumes (mas não só), que, embora tente, não consegue ser estragada nem pelos dez minutos finais – proibidos para diabéticos.

A história é basicamente sobre vários casais que, passados seis anos, vêm suas situações assaz diferentes. Além de tola, a apresentação é funcional, e a elipse subseqüente é didática. Feita essa introdução, Fausto Brizzi deixa claro que o norte será menos o cinema do que a comédia – sem que, para isso, a narrativa audiovisual (o meio para se chegar ao resultado) tenha de ser ofendida.

O maior investimento desse humor, ao invés do tradicional pastelão que tanto caracteriza parte do bom cinema italiano, está principalmente no texto. Graças a uma cuidadosa escrita, Brizzi, que trabalha com uma humanização (vez ou outra, todos fazem alguma besteira) otimista (todos ficam juntos e/ou felizes com suas condições) de todos os seus personagens, consegue encaixes surreais que criam toda uma atmosfera própria. De Caravaggio a Nani Moretti, passando por situações absurdas (aceitáveis dentro desse mundo criado), tudo transborda uma anedota, uma vontade de rir, ou de fazer rir (ainda que da própria miséria) – sem apelar tanto para o chulo ou para a obviedade constrangedora.

Não é que Ah... o Amor! seja um filme sem defeitos, longe disso. A trilha sonora, que tem até The Calling (nada mais infanto-juvenvil sem gosto e identidade), é o que mais deixa a incômoda sensação de uma vontade desmedida de ter que abraçar o mundo inteiro; se assumindo, sem vergonha alguma, como um produto tipo exportação – o que pode levar a um curioso diálogo com Nine (2009). Se o filme de Rob Marshall resume um clássico do cinema italiano (de Fellini), e parte da própria Itália apaixonante, ao mercado didático americano, Ah... o Amor! se mostra como um italiano colonizador (vemos muito da Itália linda e lindamente acessível – de se ver), mas também colonizado – das músicas genéricas americanas ao gênero abraçado.

De qualquer jeito, o filme de Brizzi está longe de ser um poço de preguiça ou de alienação (embora limpidamente burguês), e consegue também funcionar como sátira que alfineta, entre outras, a Igreja católica. E mesmo que ele se lambuze todo no final (deveras arrastado), esse problema é menos exclusivo de Brizzi que da fidelidade ao gênero. Gênero esse que, geneticamente ligado à continuidade da indústria, estaria próximo do ideal (ainda que, obviamente, relativo) se fosse sempre assim.

Visto no Cine Vivo – Salvador, fevereiro de 2010.

Ah... o Amor! (Ex – Itália/ França, 2009)
Direção: Fausto Brizzi
Elenco: Alessandro Gassman, Fabio De Luigi, Claudia Gerini, Cristiana Capotondi, Cécile Cassel, Flavio Insina, Gianmarco Tognazzi
Duração: 120 minutos
Projeção: 2.35:1

8mm
Filmes da semana:
1. Quem Bate à Minha Porta (1967), de Martin Scorsese (DVDRip) (***1/2)
2. Ah... o Amor! (2009), de Fausto Brizzi (Cine Vivo) (***1/2)
3. Luz de Inverno (1962), de Ingmar Bergman (DVD) (**1/2)
4. Quando Explode a Vingança (1971), de Sergio Leone (DVD) (**1/2)
5. Sweeney Todd (2007), de Tim Burton (DVD) (***)
6. Inimigos Públicos (2009), de Michael Mann (DVD) (****)
7. Glauber o Filme, Labirinto do Brasil (2003), de Silvio Tendler (DVD) (***)
8. O Piano (1993), de Jane Campion (DVD) (***)

Top-10 de fevereiro:
10. O que Resta do Tempo (2009), de Elia Suleiman (***)
9. Guerra ao Terror (2009), de Kathryn Bigelow (***)
8. Comédias e Provérbios: O Raio Verde (1986), de Eric Rohmer (***1/2)
7. Baile Perfumado (1997), de Paulo Caldas e Lírio Ferreira (***1/2)
6. Quem Bate à Minha Porta (1967), de Martin Scorsese (***1/2)
5. O Sabor da Melancia (2005), de Tsai Ming-Liang (***1/2)
4. Estrada Perdida (1997), de David Lynch (***1/2)
3. Ah... o Amor! (2009), de Fausto Brizzi (***1/2)
2. Inimigos Públicos (2009), de Michael Mann (****)
1. Persona (1966), de Ingmar Bergman (*****)

* Coluna 70mm também publicada no www.pimentanamuqueca.com.br.

sábado, 20 de fevereiro de 2010

O Lobisomem*




Susto preguiçoso

É difícil defender, e até falar sobre, O Lobisomem (The Wolfman – Reino Unido/ EUA, 2010), de Joe Johnston (de Jumanji, Jurassic Park 3). O filme é a picaretagem travestida de homenagem, a preguiça disfarçada de tradição; em suma, é uma bobagem que só envergonha quem entrou nele.

A princípio, o filme é uma refilmagem do clássico de George Waggner, de 1941. No entanto, com base nas impressões deixadas, poderia ser descrito como qualquer blockbuster que envolva ação e aventura (à la Michael Bay): nada vai além do barulho, do sublinhar o já perceptível, do tesão em causar dor de cabeça, da vontade de explorar rostos e corpos potencialmente mais ligados à bilheteria que ao encaixe com o papel.

Um momento forte, por exemplo, mostra um homem que, após cair de certa altura, é esmagado por uma cerca. Imagem idêntica, embora com cena diferente, temos no norueguês O Homem que Incomoda (2006), de Jens Lien. Mas a diferença entre ambos, como o óbvio estereotipado pode sugerir, não está numa frieza nórdica diante de um jeito hollywoodiano de filmar ação. A diferença é que um diz o que quer dizer – o que já é um mérito – e diz do seu jeito. O outro não tem o quê nem sabe como dizer.

Pode-se afirmar que a reconstrução de época da Inglaterra é fiel, mas também é inegável que o caráter escuro-sombrio-úmido flerta menos com um classicismo (e domínio) do gênero de terror do que com um recurso fácil para deixar o espectador confuso.

Só a ideia – que temos aqui – de resumir um filme de terror a algum sangue (calculadamente corajoso), cenas violentas (às vezes mal filmadas) e sustos a base de “bus” e “tuns”, já dá uma tristeza absurda, mas, infelizmente, não é só isso o que O Lobisomem consegue. Ajudado pela maioria esmagadora dos filmes do gênero que chegam sem dó e sem talento às telas dos maiores cinemas, uma fatia igualmente marcante do público acha que um bom filme de terror se aproxima disso. E apesar da ideia de o demérito ser coletivo confortar os ligados aos filme, ela não vale para quem gosta do gênero.

O Lobisomem (The Wolfman – Reino Unido/ EUA, 2010)
Direção: Joe Johnston
Elenco: Emily Blunt, Simon Merrels, Gemma Whelan, Benicio Del Toro, Anthony Hopkins
Duração: 102 minutos
Projeção: 1.85:1

8mm
Walter da Silveira
Pela primeira vez tive contato direto e mais abrangente com textos de Walter da Silveira – organizados por José Umberto Dias –, reunidos no livro O Eterno e o efêmero (Oiti Editora). E não deixa de ser curioso vê-lo, em 1958, num texto sobre Kubrick, falar tantas vezes em “autor”.

Filmes da semana:
1. Amarcord (1973), de Federico Fellini (DVDRip) (***)
2. O Lobisomem (2010), de Joe Johnston (Multiplex Iguatemi) (*1/2)
3. Comédias e Provérbios: O Raio Verde (1986), de Eric Rohmer (DVDRip) (***1/2)
4. As Aventuras de Robin Hood (1938), de Michael Curtiz e William Keighley (DVDRip) (**1/2)
Curtas:
1. Perto de Qualquer Lugar (2007), de Mariana Bastos (Porta Curtas) (**)

* Coluna 70mm também publicada no www.pimentanamuqueca.com.br.

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

O corredor de Lola*

Isso não é um poema
ela diz.
Apoiada pelo óbvio.

Lola é um filme chato
ela diz.
Convidada pelo corredor
a acompanhá-lo
do lado de fora.

Sozinha
Sozinho
Nunca sozinhos.

Felizes
como o lado de cá do corredor.

Adolescência tardia não acaba.
O Décalogo
de Kieslowski.
Tarantino, Truffaut, Scorsese, Bukowski
Sofia Coppola, Clint Eastwood, Nelson Rodrigues
Zidane
Nunca sozinho.

Eles estavam certos.
Família é
a quem a gente recorre quando precisa.

O perdão pela heresia
é aberto.
O agradecimento pela companhia
também.

Salvador, janeiro de 2010

Lola
Tá certo que Corra Lola Corra é um bom filme, e também alemão, mas o assunto aqui é o Lola (1981), de Rainer Werner Fassbinder. Que não é só uma obra-prima de cores e interpretação, mas também uma antologia de grandes cenas cujo contraste está mais no mérito dos altos que no demérito dos baixos. Além de ser outra prova (embora não a principal) de que Fassbinder, se não foi o maior, foi um dos maiores filmadores de rostos da história do cinema. É coisa de talento – para todos os lados.

Zidane
Não lembro de já ter falado, aqui na coluna do Direitos, sobre futebol. Mas, aproveitando a carona do óbvio, nunca é demais lembrar, para quem gosta de agradar os olhos, que pouca coisa é, ou já foi, tão cinematográfica como ver Zidane jogar. Para quem gosta de futebol – já que o filme é menos uma defesa do cinema e das potencialidades de se filmar o caso do que de quão cinematográfico o próprio jogador é – vale a pena assistir ao Zidane – Um Retrato do Século XXI (2006), de Philippe Parreno e Douglas Gordon.

* Coluna Cinebar originalmente publicada na edição de fevereiro (também impressa) do Jornal Direitos - www.jornaldireitos.com.br.

sábado, 13 de fevereiro de 2010

Um Olhar do Paraíso*



“Eu acredito em Deus”

Um Olhar do Paraíso (The Lovely Bones – EUA/ Inglaterra/ Nova Zelândia, 2009), de Peter Jackson (trilogia do Senhor dos Anéis, King Kong), é um dos poucos casos em que um orçamento gigantesco se combina com um perceptível algo a dizer. E ainda que esse algo a dizer seja uma mistura desequilibrada entre prosa e poesia (de qualidades discutíveis), existem momentos que a combinação de ambas apresenta características pessoais e um certo domínio de linguagem – e isso é sempre bom.

Susie Salmon (Saoirse Ronan, expressiva) é uma adolescente assassinada aos 14 anos e que, do céu, assiste a tudo que acontece com quem ela se relacionou, os seus lovely bones – os “ossos amáveis”, numa tradução literal e pouco sonora. Nesse assistir, ela oscila entre o comentar impotente e a narração reflexiva e influente. Como em Crepúsculo dos Deuses (1950), essa narração é feita por alguém que já morreu, mas o uso do artifício do clássico de Billy Wilder, sem contar o fato de o filme se passar na década de 70, não é o único ponto que nos remete ao passado.

Peter Jackson consegue o absurdo de fazer uma criança, no além, escolher para si o nome de Holly Golightly – a Bonequinha de Luxo (1961) encarnada por Audrey Hepburn em uma das personagens mais encantadoramente fúteis do cinema. De Hitchcock ele parece buscar a inspiração para desenhar um vilão convincente e que, graças à montagem paralela e perseguição agonizante próxima ao fim, faz o espectador sofrer um bocado dentro (e talvez se esconder) da cena – num ponto alto do domínio estilístico.

Não dá para dizer, contudo, que Um Olhar do Paraíso é um filme vintage ou um balaio de referências. Peter Jackson abusa de enquadramentos que vão de clássicos planos em 35mm à subjetiva do porão de uma casa em miniatura (!) – filmada, como outras tomadas, por uma câmera digital. De quebra, ele ainda se utiliza de um visual agraciado não só pelo orçamento generoso mas também pelos efeitos possíveis – em escala e precisão – somente nos dias de hoje.

A cena que mescla os barcos em miniatura com os vistos pela filha, as “aparições” e as sensações dela, que vão das amargas mãos atadas ao maravilhoso da intervenção divina, são pontos altos do filme no seu caráter mais poético. Poesia essa que, fabulária como vem, contribui para uma coerente visão ultra-otimista da justiça (que “tarda, mas não falha”) e da felicidade pessoal – também pós-vida terrena. O que se por um lado é ingênuo (já que mostra uma certeza de uma ordem superior, certeza essa que nenhum humano vivo pode ter), é também carinhoso o suficiente para deixar a voz do moralismo menor que a da fábula e do cinema fantástico.

Visto, em cabine de imprensa, no Multiplex Iguatemi – Salvador, fevereiro de 2010.

Um Olhar do Paraíso (The Lovely Bones – EUA/ Inglaterra/ Nova Zelândia, 2009)
Direção: Peter Jackson
Elenco: Mark Wahlberg, Saoirse Ronan, Rachel Weisz, Stanley Tucci
Duração: 135min
Projeção: 2.35:1

8mm
Invictus
Invictus (2009), de Clint Eastwood, passa basicamente duas impressões contraditórias. A primeira é de que Clint (não sei chamá-lo de Eastwood, perdão) há tempos não dá uma escorregada tão feia, e a segunda de que, apesar dos deslizes irreconhecíveis (cenas parecem realmente mal filmadas), existe ali alguém capaz de, apesar do material predominantemente simplório, trazer algo de bom – um toque de classe. Como na cena de abertura.
Todavia, é bom lembrar que em outros filmes dele (como Gran Torino e Menina de Ouro, para se restringir somente a essa década), tem-se não a suspeita, mas a certeza quase absoluta de que ninguém mais faria melhor com o que tinha em mãos. O que não parece ser o caso aqui. Infelizmente.

Cabines
Eu falei que, a princípio, não participaria mais de cabines de imprensa – e fui pra uma três dias depois. Ou seja – o que vocês já deveriam saber: não peguem nada do que escrevo como verdade definitiva. Por favor.

Filmes da semana:
1. Guerra ao Terror (2009), de Kathryn Bigelow (Multiplex Iguatemi) (***)
2. Invictus (2009), de Clint Eastwood (Cinemark) (**1/2)
3. Sweet Sixteen (2002), de Ken Loach (DVDRip) (**1/2)
4. Sexy Beast (2000), de Jonathan Glazer (DVDRip) (***)
5. Preciosa (2009), de Lee Daniels (Cabine de imprensa – Multiplex Iguatemi) (*1/2)
6. Um Olhar do Paraíso (2009), de Peter Jackson (Cabine de imprensa – Multiplex Iguatemi) (***)
7. Baile Perfumado (1997), de Paulo Caldas e Lírio Ferreira (VHSRip) (***1/2)
8. Persona (1966), de Ingmar Bergman (DVD) (*****)
9. O que Resta do Tempo (2009), de Elia Suleiman (Pré-estreia – Cine Vivo) (***)
10. Estrada Perdida (1997), de David Lynch (DVDRip) (***1/2)

* Coluna 70mm também publicada no http://www.pimentanamuqueca.com.br/.

sábado, 6 de fevereiro de 2010

Vício Frenético*



Lisérgico controlado

Vício Frenético (Bad Lieutenant: Port of Call – New Orleans – EUA, 2009), não é uma simples refilmagem, assim como está longe de ser um dos filmes que mais carrega a assinatura de Werner Herzog. O que não quer dizer que a primeira afirmação seja carregada apenas de mérito e a segunda de demérito. Quer dizer sim que aí talvez resida justamente o ponto mais saliente do filme: ele é uma mistura de características teoricamente a favor com outras a princípio contra e que, juntas, chegam a um resultado heterogêneo e anômalo.

A cena de abertura, por exemplo, pode ser vista de basicamente duas maneiras distintas – cada uma com sua razão. Uma delas diz que a atitude altruísta não condiz com Terence McDonagh (Nicolas Cage, com qualidades e defeitos aproveitados), alguém cuja mistura de hedonismo e egoísmo é tão explosiva quanto límpida. A outra avalia sua atitude como uma forma de Herzog (e o roteirista William F. Finkelstein) mostrar como esse heroísmo não passa de um desvio momentâneo de alguém com uma personalidade tão desequilibrada como afetada pelas drogas. Esse mostrar, todavia, não é explícito nem imediato. Somente com o passar do tempo é que percebemos como a aparente redundância do roteiro – com droga a toda cena – é, na verdade, uma ferramenta que demonstra toda a complexidade daquele mundo (e especialmente daquele personagem) corrompido de e por pessoas corrompidas.

O abordar esse mundo nos remete ao desfecho da versão original (spoiler), com o assassinato de Harvey Keitel. Pela pessoa, pelo tema e pela conterraneidade do diretor, era inevitável a lembrança de Martin Scorsese e o começo de seu Caminhos Perigosos (1973): “Você não paga seus pecados na Igreja, você os paga nas ruas”. No Vício Frenético de Ferrara, o tenente era punido pelo. No Vício Frenético de Herzog, vemos basicamente a mesma cena do fim, na rua, praticamente o mesmo plano, mas a morte não vem. O que vem é, além de (mais) um diálogo carregado de um nonsense de aparência calculada, outra promoção e homenagem que (como a do começo, embora não com a mesma intensidade), traz uma boa dose de ironia.

Nesse final, como especialmente nas cenas alucinógenas, Herzog bate o seu pé – (guardadas as devidas propoções) as maluquices de Klaus Kinski transpostas para Nicolas Cage, as alucinações são do jeito dele, e ele não tem que (ou não quer) punir ninguém pelo comportamento nada ortodoxo. Do que ele sempre soube tratar. Com o adendo de que, travestido de diretor de aluguel (o que de fato não deixa de ser aqui), tem seu feito ainda mais potencializado.

Visto no Multiplex Iguatemi – Salvador, janeiro de 2010.

Vício Frenético (Bad Lieutenant: Port of Call – New Orleans – EUA, 2009)
Direção: Werner Herzog
Elenco: Nicolas Cage, Eva Mendes, Val Kilmer.
Duração: 122 min
Projeção: 1.85:1

8mm
Acabou
Assim como as sessões à tarde durante a semana, acabaram-se as cabines de imprensa pra mim – ainda que seja por uma boa causa. Ou seja, no more textos escritos antes das estreias nacionais.

Mendes
Depois de Os Donos da Noite (2007) e Vício Frenético (2009), Eva Mendes foi perdoada por todas as besteiras que fez antes deles.

Filmes da semana:
1. Um Convidado Bem Trapalhão (1968), de Blake Edwards (Telecine Cult) (**1/2)
2. O Sabor da Melancia (2005), de Tsai Ming-Liang (DVDRip) (***1/2)
3. Todas as Mulheres Fazem (1992), de Tinto Brass (DVDRip) (**1/2)
4. Procurando Elly (2009), de Asghar Farhadi (Cinema da Ufba) (***)
Curtas
1. Thriller (1983), de John Landis (DVD) (****)

Melhores filmes de janeiro (não incluem os dessa semana):
10. Caminhos Perigosos (1973), de Martin Scorsese (***)
9. Rosetta (1999), de Jean-Pierre e Luc Dardenne (***1/2)
8. O Pecado Mora ao Lado (1955), de Billy Wilder (***1/2)
7. Manhattan (1979), de Woody Allen (***1/2)
6. Amor à Queima-Roupa (1993), de Tony Scott (****)
5. A Aventura (1960), de Michelangelo Antonioni (****)
4. Casablanca (1942), de Michael Curtiz (****)
3. Uma Garota Dividida em Dois (2007), de Claude Chabrol (****)
2. Vício Frenético (2009), de Werner Herzog (****)
1. Lola (1981), de Rainer Werner Fassbinder (****1/2)

* Coluna 70mm também publicada no www.pimentanamuqueca.com.br.