sexta-feira, 28 de maio de 2010

A Bela Junie*






















A tristeza dos detalhes


Há quem diga que ele não passa de um pastiche deslumbrado com a Nouvelle Vague, que viu apenas os filmes “certos” dos diretores “certos”, que não passa de um cinéfilo de butique. Mas tudo de “ruim” que dizem de Christophe Honoré (Em Paris, Canções de Amor) não faz sentido se seus filmes me comunicam algo à maneira dele: um emaranhado de referências e misturas inevitáveis que não o impedem de, na medida do possível e do impossível, soar único. Como em A Bela Junie (La belle personne – França, 2008), provavelmente seu melhor filme.

Adaptação livre do romance A Princesa de Cléves, de Madame de La Fayette, passado no século XVI, é transposto para a contemporaneidade com Junie recém-chegada em colégio após a morte de sua mãe. Gestos, olhares, sinais, mal entendidos, tudo remete a um caráter perigosamente dúbio do amor. Mais que investir na sensualidade (bem), Honoré mostra o agridoce das relações. E entre o ônus e o bônus, ele consegue momentos brilhantes, como a leitura de poema na aula de italiano, a revelação do “segredo” de Junie, e a corrida musicada em Paris.

Pode-se dizer, com boa dose de razão, que o filme pouco traz de novo do bom cinema francês, ou pelo menos do que de melhor foi feito por Truffaut (provável maior influência), Godard, Rohmer, Chabrol e tantos outros – com o adendo de que, diferente daqueles, Honoré não revoluciona nada. Faz todo sentido. E como se não bastasse Honoré lembrar tanto a Nouvelle Vague, Louis Garrel parece nova versão de Jean-Pierre Léaud (principal parceiro de Truffaut) e Léa Seydoux lembra demais Anna Karina (musa de Godard e símbolo da Nouvelle Vague).

Mas não dá pra dizer que A Bela Junie não tem nada de genuíno. A escolha de parte de suas trilhas sonoras contribuem para encontrar uma certa americanização em Honoré (sem julgamento de qualidade), mas também talvez ajude seus filmes a funcionarem de maneira independente em um conjunto tão forte, diante do qual ele demonstra não só admiração como uma quase reverência: um tipo de cinema francês [por mais que ele tenha se desligado um pouco dele no seu filme seguinte, o Não Minha Filha, Você Não Irá Dançar (2009)]. Para completar, é impossível não notar o talento de Garrel e Seydoux – que em mais de uma vez lembra Anna Karina especificamente em Viver a Vida (1963), de Godard. O que é um duplo elogio, pela atriz e pela atuação ali, que se transforma em triplo, pela própria Seydoux independente da lembrança.

Ou seja, se eles não fazem nada, como às vezes aparentemente acontece, já são interessantes e expressivos o suficiente. E se o prazer de Honoré ao filmar Paris não nos atinge mais com tanta força, é provável que isso seja menos culpa dele que da época em que ele nasceu – cerca de 40 anos depois da maioria da Nouvelle Vague. Ele se dedica com imenso e perceptível carinho aos seus personagens e a um híbrido (de gêneros e de referências) que (embora momento musical não tenha fluência ideal) fascina mais que incomoda.

Revisto em DVDRip – Salvador, maio de 2010.

A Bela Junie (La belle personne – França, 2008)
Direção: Christophe Honoré
Elenco: Louis Garrel, Léa Seydoux, Grégoire Leprince-Rinquet, Esteban Carvajal-Alegria, Simon Truxillo
Duração: 93 minutos

8mm
O Maldito Ladrão de Memórias










[Aviso importante: quando não amigo, pelo menos conheço a maioria esmagadora dos participantes de O Maldito Ladrão de Memórias (2009), de Roberto Cotta, feito para conclusão do curso de Rádio e TV na Uesc e presente no Festival de Cannes desse ano – mostra Short Film Corner, não competitiva dedicada a curtas de jovens diretores. Uma coisa é criticar quem nunca me disse um oi, outra coisa é bater em quem você conhece, com quem existe uma relação a ser potencialmente abalada. Como existia aqui, perguntei a Roberto se ele teria alguma objeção em ver seu filme criticado. A resposta, mesmo já esperada, me agradou. Com relação aos atores (maioria também de amigos e conhecidos), entendam, a crítica a vocês é pelo que vocês não são. Também já atuei sem ser ator, ou pelo menos antes de fazer teatro, e os vídeos até hoje estão na Uesc para quem quiser ver – e rir. Faz parte. Seja como for, o fato de o filme me levar a escrever sobre ele já diz alguma coisa. O Maldito... ainda percorre circuito de festivais, antes de ser (no segundo semestre) disponibilizado na internet.]

O Maldito Ladrão de Memórias (2009), de Roberto Cotta, é um belo exercício de direção. Do início ao fim, ele é o filme de um diretor – e não há dúvidas de que é o que temos um aqui. Alguém que faz o filme que quer, um filme de gênero sem aparência alguma de concessão acadêmica (e por vezes necessária), e do jeito que quer: em preto e branco, com câmera no tripé, poucos cortes e muitos xingamentos. Porque assim é Gomide (Roberto Pazos), personagem-narrador que busca o Dr. K (Antônio Xavier), o ladrão de memórias.

É notável a elegância com que Cotta trabalha o visual. Elegância essa que vem não dos personagens, mas do esmero ao enquadrar e editar, a trabalhar apenas com cortes secos e fades, a trabalhar com plano e contra-plano, além de cuidadosa decupagem. A fotografia é um deleite, e a mise-en-scène tem momentos tão brilhantes que contrastam com outros que, devido ao seu inevitável baixo orçamento, nos dão a certeza de um vídeo pouco abastado. No entanto, em meio às mudanças de plano, talvez para evitar um piloto automático ou pela questão de falta de câmeras, Cotta escolhe enquadramentos tão heterodoxos que chamam mais atenção para o lugar inesperado onde a câmera está do que ajudam a dar o ritmo esperado por ela (o que nos remete aos malabarismos de David Fincher em início de carreira).

No que tange as atuações, se por um lado chega a ser covarde atacar performances de não atores tão declarados, por outro é inevitável perceber uma certa falta de sintonia dentro de uma coerência. Se Gomide e Parombau (cujo sotaque parece tirado de Ó Paí Ó) estão completamente acima do tom, na mesma frequência, e o detetive tenta não comprometer, o Dr. K é o extremo oposto do que somos levados a imaginar – e dos pontos mais baixos do filme. É criada toda uma expectativa diante de personagem pintado como genial e repulsivo, absurdamente interessante., mas quando ele entra em cena, vemos alguém medroso e pálido: não dá pra ver nele alguém sequer capaz de roubar galinhas, quanto mais memórias.

Com relação à estrutura, o domínio dela está ali. Por mais que partes de alguns diálogos se juntem às atuações em combinações pouco felizes, o roteiro enquanto forma narrativa mostra que alguém com tino para aquilo rabiscou o papel. Mesmo que os últimos cinco minutos, em tradicional reviravolta do gênero onde “nem todos são o que parece” e pessoas sem escrúpulos se dão bem, passem de um magnífico embaralhamento a um final que talvez se explique demais.

Quando assisti à última cena (e ao belo chamamento dos presentes no leilão, que pode abrir portas para trocentas metáforas referentes ao cinema e ao ato de fazê-lo), pensei “o que aconteceu”? Sem a narração que vem a seguir, talvez houvesse mais sutileza e menos didatismo, o que seria mais coerente com o caráter tão altivo quanto o que de melhor existe no resto do filme. Que mostra o talento e o interesse do autor pelo cinema e pelo gênero, ambos tratados, sempre que possível, com o carinho que merecem. E quando Cotta peca também pelo carinho, é com excesso: nesse ponto, não dá para achar ruim.

Ps: A trilha sonora de Thiago Ferreira sabe ser útil, ao complementar e potencializar a atmosfera, e brilhante, no final. E o elogio não é porque ele fez a trilha de meu documentário, mas sim porque as pessoas que ouvem o que ele faz, e do que é capaz, percebem isso. (Com mérito também para Cotta que soube domar e guiar o menino.)
Ps2: Ao invés de ver o making-of, preferi rever o filme. Por mais que ainda esteja ansioso para assisti-lo, como análise, acho mais justo dar outra oportunidade à execução.

Filmes da semana:
1. O Espírito da Colméia (1973), de Victor Erice (DVDRip) (***)
2. Ferrão da Morte (1990), de Kôhei Oguri (sala Walter da Silveira) (**)
3. A Bela Junie (2008), de Christophe Honoré (DVDRip) (***1/2)
4. Pecados do Meu Pai (2009), de Nicolas Entel (Cinema da Ufba) (**1/2)
Curta:
5. O Maldito Ladrão de Memórias (2009), de Roberto Cotta (DVD) (***)

* Coluna 70mm também publicada em www.pimentanamuqueca.com.br.

sexta-feira, 21 de maio de 2010

Alice no País das Maravilhas (3D)*




Maquiagem insuficiente


Já se falou basicamente tudo sobre Alice no País das Maravilhas (Alice in Wonderland, EUA/Reino Unido, 2010), de Tim Burton (Edward Mãos de Tesoura, Ed Wood, Sweeney Todd). O problema é que tudo falado sobre parece vir muito mais da expectativa criada (3-D pós Avatar + clássico da literatura + Johnny Depp + Tim Burton) que pela execução – e muito do falado a favor do filme parece mais boa vontade de tietes de Burton-maníacos que real crença no que está projetado.

Lógico que é possível gostar de Alice sem condescendência do autor, até porque o que o filme tem de bom não é o que ligamos necessária e imediatamente a Tim Burton. Pode-se falar do investimento no visual fantástico (no sentido literal), mas ele é menos Tim Burton e mais extravagância auto-importante. Fascina assistir a tudo aquilo, mas o deslumbre é puramente visual; você fica de boca aberta, sorriso nos dentes, mas com mente vazia e distraída. O que não quer dizer que um filme obrigatoriamente bom é o que obrigatoriamente faz pensar (não temos mais 10 anos), mas sim que a junção entre imagens marcantes e maneira insossa de contar a história aumenta o contraste e potencializa o que há de ruim no filme. Helena Bonham-Carter está sensacional em cada momento, mas temos um restante – inevitavelmente relevante – genérico.

Pode-se falar em feminismo (Alice quer independência, escolher o que faz e com quem casa), em mescla de obras de Lewis Carroll (entre No País das Maravilhas – 1865 e Do Outro Lado do Espelho – 1871), mas sensação é de forte maquiagem que tenta se bastar e não consegue. Em uma história tão narrativa (independente do cânone original, temos aqui o roteiro de um filme narrativo), o deleite com essa maquiagem é suficiente.

Visto, em 3D, no Cinemark – Salvador, maio de 2010

Alice no País das Maravilhas (Alice in Wonderland, EUA/Reino Unido, 2010)
Direção: Tim Burton
Elenco: Mia Wasikowska, Johnny Depp, Helena Bonham Carter, Anne Hathaway
Duração: 108 minutos
Projeção: 1.85:1

8mm
Léa
O Robin Hood de Ridley Scott é (extra)ordinário a ponto não só de me deixar sem palavras, como de me fazer esquecer uma das poucas coisas boas dele. Sub-explorada, é verdade, mas está lá. Excelente em A Bela Junie (2008) e com ponta (uma das filhas assassinadas no início) em Bastardos Inglórios (2009), todo o desconforto passado por Léa Seydoux ao interpretar uma francesa em meio inglês – sem saber se por limitação dela ou de Ridley Scott – deixa a impressão de que ela é fraquinha que só. Que ela não é nada além de um belo rosto francês, que remete a ninguém menos que Anna Karina. Por favor, ela não é só isso.

Filmes da semana:
1. O Que Terá Acontecido a Baby Jane? (1962), de Robert Aldrich (DVDRip) (***)
2. Jards Macalé – Um Morcego na Porta Principal (2008), de Marco Abujamra e João Pimental (Cine XIV) (**)
3. Traição em Hong Kong (2007), de Olivier Assayas (DVD) (***1/2)
4. O Leopardo (1963), de Luchino Visconti (DVD) (**1/2)
5. Minha Bela Dama (1964), de George Cukor (DVD) (**1/2)
6. Um Longo Caminho (2005), de Zhang Yimou (DVD) (*1/2)

* Coluna 70mm também publicada no www.pimentanamuqueca.com.br.

sexta-feira, 14 de maio de 2010

Robin Hood*




Mais velho, mais rápido – e pior

Robin Hood
(idem – EUA/ Inglaterra, 2010), de Ridley Scott (Gladiador, Thelma e Louise), é ruim de doer, e se torna pior ainda quando aliado à expectativa criada pelo fato de ele abrir Cannes este ano – ainda que não seja ruim apenas pela relativização. Diretor de filme bom atrás de filme bom no começo da carreira, de Os Duelistas (1977) a Blade Runner (1982) passando por Alien (1979), Ridley Scott é, provavelmente com sobras, o melhor exemplo do extremo oposto de um bom vinho. Com a diferença de que um vinho cada vez pior, por mais que dê ressaca, pelo menos pode te deixar alto e divertido.

Na sua primeira hora, Robin Hood não é um filme de ação nem de aventura; é uma mistura de drama familiar com pinceladas épicas. Funciona em parte pelo caráter um pouco (com ênfase no pouco) diferenciado dentro da família blockbuster que pela construção em si, embora exista ali um certo mérito. Mas se a primeira parte é mediana, ou até comparativamente boa, a segunda é um desastre.

O uso de clichês – que a princípio pode nem ser um problema – é o que o filme tem de menos pior. São inúmeras e pouco inspiradas cenas de ação que, como se a dormência causada por elas não fosse suficiente, nos remetem a outros blockbusters melhores, de Piratas do Caribe (2003) e Tróia (2004) a Batman Begins (2005), com o qual se assemelha, inclusive, por tratar de uma faceta pouco explorada e anterior à “lenda”. Mas o que talvez melhor represente o filme seja um grito de Russell Crowe, tão constrangedor que não pode ser visto sem elevada dose de vergonha: como, salvo um ou outra exceção com boa vontade, o Ridley Scott dos últimos 20 anos.

Visto, em cabine de imprensa, no Multiplex Iguatemi – maio de 2010.

Robin Hood (idem – EUA/ Inglaterra, 2010)
Direção: Ridley Scott
Elenco: Russell Crowe, Cate Blanchett, Max Von Sydow, William Hurt
Duração: 140 minutos
Projeção: 2.35:1

8mm
Tradução não ajuda
Vidas que se Cruzam, cretina tradução para The Burning Plain (EUA/ Argentina, 2008), estreia na direção de Guillermo Arriaga (roteirista de 21 Gramas, Babel, Amores Brutos), leva à inevitável crítica pronta. “Lá vem o mágico de um truque só” ou “ele viu e reviu muito Robert Altman” são algumas das declarações feitas baseadas no título e no passado de Arriaga. Só que, até o final, as sensações são outras.
Diferente do que acontece com os filmes que roteirizou, Arriaga parece tentar investir antes na construção dos personagens que no malabarismo narrativo (ainda que algo seja “revelado” no decorrer) – e isso é ótimo. O porém é que o filme soa melhor justamente como folhetim, no momento da escolha de cortes e pausas entre flashbacks e flashfowards, que como filme de ou para os atores.
Salvo raras exceções, as cenas que demonstram as personalidades e partes dos porquês das duas serem o que são hoje parecem ter mais duração que complexidade. A construção do relacionamento entre Mariana e Santiago, por exemplo, só não é pior porque Jennifer Laurence carrega uma expressão absurda.
Mas se o acaso, em toda a projeção, não é mais obsessivo, Arriaga se perde no final, em uma sequência de cortes que o que tem de presunçosa e potencialmente bela, tem também de inócua. Arriaga dá, à sua protagonista (sem detalhes maiores), a visão onisciente de tudo que passou e com quem passou por ela, mesmo que de leve, para chegar à sua conclusão. Soa como alguém que, por mais que tenha dado sinais de que poderia ir além de sua obsessão, ela aparece mais forte que seu talento. Uma pena.

Filmes da semana:
1. Vidas que se Cruzam (2008), de Guillermo Arriaga (Cinema do Museu) (**1/2)
2. Pura Adrenalina (1996), de Wes Anderson (DVDRip) (**1/2)
3. A Hora do Pesadelo (2010), de Samuel Bayer (Multiplex Iguatemi) (**)
4. De Punhos Cerrados (1965), de Marco Bellocchio (DVDRip) (***)
5. O Primeiro a Chegar (2008), de Jacques Dillon (sala Walter da Silveira) (***)
6. Robin Hood (2010), de Ridley Scott (Multiplex Iguatemi – Cabine de imprensa) (*1/2)
7. Alice no País das Maravilhas (2010), de Tim Burton (Cinemark – 3D) (**1/2)

* Coluna 70mm também publicada no www.pimentanamuqueca.com.br.

sexta-feira, 7 de maio de 2010

Homem de Ferro 2*




Tudo abaixo

Sem tempo para digerir, é difícil dizer muita coisa de Homem de Ferro 2 (Iron Man 2 – EUA, 2010), de Jon Favreau. O filme começa bem, com todo o carisma de Robert Downey Jr., cada vez melhor dentro de um personagem cada vez mais ególatra – o que leva a uma quase irritação. No que existe de pior, temos os ápices quando Favreau se afasta dos personagens para investir no quebra-quebra megalômano (mais até que na ação): a lembrança de Michael Bay e seus Transformers é inevitável – e isso não pode ser um elogio. Por outro lado, ainda que com Scarlett Johansson interpretando o papel da voluptuosa agente dupla (?!) seja natural lembrarmos também de Megan Fox fazendo nada (sem ser exatamente demérito dela), o filme lembra várias vezes um charme de 007, com a ligação do mal com a Rússia e um vilão divertido como Mickey Rourke. Mas se Rourke e Downey seguram bem o filme, o mesmo não dá pra dizer do (aqui nem tão) competente Favreau.

Por mais que ele tenha algum timing para gags e competência para cenas de ação, quando postas ao lado de um ritmo já veloz, a rapidez do filme cansa. Não é fácil sustentar duas horas à base de câmera e montagem que nunca param sem que o espectador atinja um estado de dormência – ainda que existam casos bem piores que este aqui. Isso para não falar nos efeitos especiais, que funcionam mais até para evitar questionamentos e tapar (mini) buracos no roteiro que para nos levar a um outro nível de “credibilidade” do que está na tela.

Curioso é que a interessante resolução para Mickey Rourke (com lembrança a Jake La Motta de De Niro em Touro Indomável a dizer “você nunca me derrubou, Ray, você nunca me derrubou”), é o protagonista (clímax) com tempo bem menor que os coadjuvantes (demais cenas de ação). Não menos curioso também é que, em boa parte da projeção, achei que seria mais fácil fazer analogia política do que falar sobre o filme; poucas horas depois, nada de possíveis analogias políticas ficaram.

Visto no Shopping Barra – Salvador, maio de 2010.

Homem de Ferro 2 (Iron Man 2 – EUA, 2010)
Direção: Jon Favreau
Elenco: Robert Downey Jr., Mickey Rourke, Don Cheadle, Scarlett Johansson, Gwyneth Paltrow
Duração: 124 minutos
Projeção: 2.35:1

8mm
Viagens e compromissos diversos resumiram a 8mm a Homem de Ferro 2 – e visto em cima da hora. Não recomendo a ninguém sete dias sem filmes e cinema – especialmente se você tiver uma coluna pra fazer.

* Coluna 70mm também publicada no www.pimentanamuqueca.com.br.